O artista separa o que parece unido informemente e reúne o que convém para expressar o que vai ser belo. Sim, como o ser racional aprende com a verdade, o sensível é discípulo da beleza que o faz retornar à naturalidade do que passa existir simplesmente elegante e em festa. Na esfera da arte, em especial, o simples e o singelo revelam a claridade aberta do pessoal e puro sentimento que não se guarda solitário mas resolve-se na comunhão de um expressar feliz.
"A Cascatinha" e "Saudades da Serra" aqui em "Projeto Memória" (UFRN) falam de um Dom Nivaldo que experimentou o esforço para o simples e o espontâneo. Uma metalinguagem mostra o temperamento consciente de um feitio musical confraterno com o seu gesto pessoal de índole e de formação, de biótipo e vocação. Aqui o compositor rendeu homenagem ao que pretende uma manifestação artística para confrontar-se ao mistério do que se sente com riqueza e como dádiva: simplicidade certa, até ingênua, fecundada num fenômeno de inspiração.Coube à sua obra um revestimento sóbrio que mantivesse a ternura do seu cantar. Discretamente arranjadas podem as duas peças tocar o meigo sentimento de quem jamais será velho para sentir e querer como adulta criança.
(texto da contra-capa)
Ficha Técnica:
Coordenação e Produção: Deijair Henrique Borges
(Diretora da Escola de Música)
Técnico de gravação e mixagem: Anibal Félix
Assistente de gravação: Mauro e Laci
Montagem: Wilson Medeiros
Diretor Técnico: Edeltrudes Marques da Silva
Capa: Newton Navarro
Gravado nos Estúdios da Transamérica/RJ
Faixas:
Lado A
01 A Cascatinha
(Dom Nivaldo Monte)
arranjo de Pedro Ferreira
interpretação de Lucinha Lira
Lado B
01 Saudades da Serra
(Dom Nivaldo Monte)
arranjo de Pedro Ferreira
interpretação de Lucinha Lira
Nenhum comentário:
Postar um comentário