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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Vozes em defesa do Beco

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Indignação e preconceito. Esses foram os substantivos que dividiram opiniões e marcaram o ato público realizada na manhã de ontem, no cruzamento entre as ruas Dr. José Ivo e Coronel Cascudo na Cidade Alta. A mobilização, que ganhou força nas redes sociais e chegou a figurar entre os assuntos mais comentados no Brasil dentro da rede de microblogs Twitter, luta para reverter a decisão do Ministério Público do RN que recomendou a proibição de eventos com música ao vivo no Beco da Lama, espaço conhecido por sua tradição boêmia.

Do lado indignado com a decisão do MP estavam comerciantes, moradores, pedestres, produtores culturais, artistas, políticos, jornalistas e boêmios; do outro, o preconceito imperou entre comerciantes, moradores e alguns pedestres que viam o movimento como uma "reunião de drogados barulhentos e vagabundos". No meio disso tudo, a intransigência, a falta de diálogo, a rusga pessoal que impulsionou a denúncia de poluição sonora e o autoritarismo do proibir sem antes buscar a conciliação.

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O próximo capítulo desta novela acontece no dia 23 de fevereiro (quinta-feira pós-Carnaval), quando haverá nova audiência entre o produtor Marcelo Veni, a proprietária do Bar da Meladinha Neide Dantas e os reclamantes que apresentaram abaixo-assinado com 20 moradores da área que são contra os eventos promovidos semanalmente no bar. Veni espera "mais compreensão por parte da Promotora da Meio Ambiente Rossana Sudário. Ela precisa considerar nossos argumentos e o baixo assinado favorável aos shows." Veni acredita que a movimentação "é boa para todo mundo e somos a favor de um acordo."

Para o produtor, que assinou na última sexta-feira (10) o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto com Neide Dantas proprietária do Bar da Meladinha, a realização dos eventos contribui para reivindicar melhorias na segurança, limpeza e iluminação da área. "Estamos abertos a qualquer acordo, se tiver que começar e terminar mais cedo não tem problema.

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"Tanto faz ter reggae como não ter, a bagunça é a mesma", disse Luiz Rodrigues, 35, comerciante e morador há seis anos da rua Dr. José Ivo, uma das artérias que cortam o Beco da Lama na Cidade Alta. Luiz, que tem um bebê de um ano e dois meses em casa, informou que "ontem mesmo (segunda-feira, 13) o Beco funcionou até tarde, com zoada na rua até às 2h30". Segundo ele, "na época do finado Nazir era melhor, o barulho não incomodava e os eventos aconteciam das 19h às 22h."

Rodrigues, um dos proprietários da lanchonete Esquina Lanches e cunhado da autora da denúncia, Eliane Batista da Silva, adiantou que se houver melhor organização dos eventos irá abrir até mais tarde: "Hoje eu fecho às 18h, mas se tiver tudo nos conformes também vou vender uma cervejinha aqui."

De acordo com simpatizante dos eventos no Beco da Lama, que preferiu não se identificar, o próprio Luiz Rodrigues também contribui com a poluição sonora: "Ele (Luiz) já foi chamado atenção por ligar o som do carro nas alturas, inclusive atrapalhando os shows." Questionado, disse que prefere ficar anônimo para não transformar o embate em algo personalizado. "A denúncia já foi motivada por problemas pessoais, então prefiro não prolongar esse embate entre vizinhos."

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Em busca de um meio termo
Flaviana Azevedo, advogada e frequentadora do Beco da Lama, conversou na manhã de ontem com o produtor Marcelo Veni oferecendo assessoria jurídica para tentar reverter a situação: "Vamos tomar as medidas judiciais para reverter essa situação. Não podemos admitir que um patrimônio histórico e cultural da cidade tenha seu uso restringido dessa maneira. O interessante é regulamentar o uso, que deve acontecer com a participação da sociedade. Vamos trabalhar para chegar a um meio termo que possa atender o interesse de todos, e claro respeitando a legislação ambiental."

O despacho do Ministério Público do RN, recomendando à Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) a não emissão de novas autorizações para eventos no Beco da Lama ainda não está totalmente entendível: afinal, a decisão também irá afetar outros bares da área como o samba realizado às quintas-feiras no Bar de Nazaré ou o funcionamento do Bardallos?

Sueldo Medeiros, secretário adjunto da Semurb e responsável pelo setor de fiscalização, informou ao VIVER que ainda não havia lido a versão final do Termo de Ajustamento de Conduta assinado pelo produtor Marcelo Veni e Neide Dantas, a proprietária do Bar da Meladinha, "mas vejo que temos que ter cuidado para não generalizar", acredita.

Medeiros, que frequentou o Beco há muito tempo quando ia à festas com banda de sopro, lembrou que em agosto de 2011 o Bar da Meladinha chegou a ser interditado por falta de documentação. "Fizemos vistorias e comprovamos que a proprietária havia mantido a interdição", lembrou Medeiros. Naquele mesmo mesmo mês, durante a realização do Agosto da Alegria, Neide Dantas procurou a Semurb para retirar alguns equipamentos do estabelecimento, pois o bar iria participar do projeto promovido pelo Governo do Estado. "O comércio não tinha licença de operação, e percebi que a regularização poderia ser ainda mais complicada se permanecesse fechado." A partir disso, segundo Sueldo, a Semurb propôs um acordo (TAC) para que o bar reabrisse com prazo estipulado para a regularização. "A questão é que quando voltou a funcionar o espaço continuou sendo base dos eventos, e antes de fazermos nova inspeção para verificar se havia estrutura, de banheiro masculino e feminino por exemplo, para atender o público a denúncia foi feita ao MP".

Para o adjunto da Semurb, a Secretaria "prefere o caminho do entendimento. Daqui a pouco vem o São João e outros períodos festivos e precisamos disciplinar, organizar." Sueldo Medeiros não vê a recomendação do MP como o fechamento de portas: como o texto do TAC subscrito pela Semurb trata especificamente da realização de eventos na rua Coronal Cascudo, "nada impede de Veni pleitear autorização para outro espaço. O importante é se adequar ao horário, garanto que voz e violão não incomodam tanto quanto uma banda de reggae."

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PRÓS E CONTRAS
"O Beco da Lama faz parte do coração de Natal, se confunde com nossa história, com nossa memória, identidade e nossa resistência. É um patrimônio cultural da cidade, mexer com o Beco é mexer com o patrimônio, mexer com o patrimônio é violar os direitos humanos no tocante ao acesso à Cultura. Espero que a promotora Rossana Sudário entenda que não se pode promover um direito (meio ambiente e equilíbrio ecológico) violando outro direito que é o cultural. Tem que encontrar um meio termo", Padre Fábio dos Santos.

"A reclamação é com o reggae, dizem que não é da nossa cultura, tanto que tem um samba ali em Nazaré que não incomoda ninguém. Esses shows vão até de madrugada, fazem xixi aqui em frente e temos que acordar mais cedo para limpar. Sentam no balcão da lanchonete. Não acho que a falta de movimento vá atrair consumidores de crack, eles estão em toda parte. Também não acho que um acordo para organizar o evento vá resolver", Edinalva Bastista da Silva, 32, irmã da denunciante Eliane Batista da Silva, é moradora e comerciante há quatro anos no Beco da Lama.

fonte: tribuna do norte

Bloco Manicacas no Frevo abre o Carnaval do Centro Histórico nesta sexta 17/02/2012

Desfile sai do Bar de Zé Reiera, às 18h, e encerra com show do grupo Nós do Beco nos jardins da Pinacoteca do Estado.

Carnaval 2012.2

O bloco carnavalesco Manicacas no Frevo ganha as ruas do Centro Histórico de Natal nesta sexta-feira (17), a partir das 18h, com muita animação e a devida autorização das patroas. A concentração será no Bardo Zé Reiera (rua Prof. Zuza, ao lado do IFRN/Centro), de onde partirá o desfile do bloco pelas ruas do bairro, ao som de uma orquestra de frevo.Durante o trajeto, os foliões receberão o reforço do bloco Qui Xita Bacana.

Numa parceria com a SAMBA – Sociedade dos Amigos do Beco da Lama e Adjacências, a festa encerrará nos jardins da Pinacoteca do Estado (antigo Palácio Potengi), onde a SAMBA realizará o III Baile à Fantasia do Centro Histórico, ao som do grupo Nós do Beco, num show especial com muitas marchinhas e frevos no repertório. A programação é gratuita e aberta a todos, desde que a esposa libere.

Este é o sétimo ano em que o Manicacas no Frevo desfila no carnaval do Centro Histórico. O bloco começou como uma brincadeira entre os produtores culturais Julio Cesar Pimenta e Dorian Lima com o artista plástico Fábio Eduardo, que sempre precisava abandonar os serviços etílicos no Beco da Lama para ir pegar os meninos na escola, a mando da esposa. Daí surgiu a ideia de criar o bloco em homenagem a todos os manicacas que conseguem autorização para cair na farra. Nos dois primeiros anos, o bloco saía junto coma Banda Independente da Ribeira e, a partir de 2008, passou a abrir o carnaval do Centro Histórico, na sexta-feira de carnaval.

Prévia Manicacas 2011

A partir de 2011, o Manicacas no Frevo passou a promover uma prévia, cerca de um mês antes do desfile, e tem como tradição encerrar a festa na sexta de carnaval com um show de palco. Também em 2011 a parceria com a SAMBA foi concretizada entre Manicacas no Frevo e Baile à Fantasia do Centro Histórico.  Outra brincadeira que faz parte da história do bloco é a eleição do Manicaca do Ano,com a entrega do “Troféu Rolo de Macarrão” para o agraciado. Já receberam a honraria o carnavalesco Fabio Lima (que não apareceu pra receber por ordens superiores), o jornalista Alex de Souza (que ia repassar o troféu pra Fábio e ficou com o título por dois anos), o professor Kilder Barbosa e o jornalista Sérgio Vilar. Este ano o eleito foi o músico Tertuliano Aires (que também atende pela alcunha de Cabrito). Cabrito era assíduo frequentador do Beco da Lama e suas rodas de boemia, mas de dois anos pra cá até em show no interior do Estado tem levado a esposa. Portanto, foi eleito o manicaca fescenino do ano, recebendo coroa e troféu neste dia 17.

Quem desejar ajudar o bloco, estão sendo vendidas camisas ao preço de R$ 25,00, nos fones 9416.8016 e 8842.7101

Camisas Manicacas 2012
 
(Hino dos Manicacas no Frevo)

Que ousadia foi sair
Na sexta-feira
Deixando a louça
E a cozinha arrumada

Caí no frevo
E só voltei na
quarta-feira
Trazendo a minha
Desculpa esfarrapada

Carro quebrou
Fiquei preso no
Engarrafamento
Mulher não é mentira
Pode ligar pra casa
Do professor Bira

Quem pode manda
Obedece quem tem juízo
É melhor ser Manicaca
Pois a mulher já deu o aviso.

Não, não, não, não,não
Não venha
Com o rolo de macarrão

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Valéria reapresenta show Águas Claras na Casa da Ribeira

shows e eventos

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Faz mais de um ano que Valéria Oliveira oficializou sua paixão pelo samba da mineira Clara Nunes (1942-1983). Para isso criou o show "Em Águas Claras", apresentado em muitas ocasiões ao longo de 2011, com sucesso de público. Nesta quarta (01) e quinta-feira, às 20h, na Casa da Ribeira, Valéria reedita o show por um motivo ainda mais nobre. Lembrar os  70 anos de nascimento da sabiá. Afinal, se estivesse viva, ela faria aniversário este ano, exatamente no dia 12 de agosto.
Lúcio AzevedoValéria roda a saia e mostra o samba de Clara NunesValéria roda a saia e mostra o samba de Clara Nunes

O show em Águas Claras traz a voz doce e límpida de Valéria Oliveira ao som da banda formada por Jubileu Filho (baixo/trompete/vocal e direção musical), Alexandre Moreira (violão de 7 cordas e bandolin), Cacá Veloso (violão de 6 cordas), Gustavo Medeiros (cavaquinho), Déo (pandeiros e vocal), Aloysio Pisão (bateria), Kellinei (percussão e vocal), Ângela Castro e Tiquinha Rodrigues (vocais).

No repertório, algumas canções imortalizadas por Clara Nunes, como Tristeza pé no chão" (Armando Fernandes), "O canto das três raças" (Mauro Duarte/Paulo César Pinheiro), "Você passa eu acho graça" (Ataulpho Alves/Carlos Imperial), "O mar serenou" (Candeia), "Juízo final" (Nélson Cavaquinho/Élcio Soares) e Jardim da Solidão (Monarco), entre outros.

Valéria Oliveira, que completou recentemente vinte anos de carreira, com um grande show no Teatro Alberto Maranhão, além de ter apresentado a turnê No Ar (incluindo São Paulo) e o projeto Música no Ar. Em março, ela parte para sua próxima temporada internacional, agora em Nova Orleans - EUA.

A programação na cidade do jazz, está sendo organizada por Mitchel Player, produtor e baixista renomado que esteve em Natal acompanhando Tricia Boutté e sua banda incluindo Alonso Bowens (saxofonista vencedor do Grammy 2009) que se apresentaram, a convite de Valéria Oliveira, no Ocean Palace dentro da 8º Edição do Bourbon Street Fest promovida, em Natal, pela Green Point Produções. fonte: tribuna do norte